quinta-feira, 4 de junho de 2020
Mercado restrito gera prejuízo aos fruticultores do Norte de Minas
Por Michelle Valverde
FOTO: Alisson J. Silva/Arquivo DC
JANAÚBA — Os produtores de frutas da Abanorte (Associação Central dos Fruticultores do Norte de Minas) estão descartando parte da produção devido às dificuldades para escoar e comercializar a safra em função das medidas impostas para o controle da pandemia do novo coronavírus.
A estimativa é de que a venda das frutas – principalmente, banana, manga, uva, tangerina, melancia, limão e mamão – esteja 30% menor. Com o fechamento de restaurantes, hotéis, escolas e a suspensão das feiras livres, vários canais de venda foram fechados e a falta de mercado tem comprometido a capacidade do produtor em continuar na atividade.
De acordo com o diretor administrativo da Abanorte, Rodolpho Rebello, em relação ao mercado interno, os produtores têm encontrado bastante dificuldade para comercializar.
A banana, que é a principal fruta produzida no Norte de Minas e a mais consumida no Brasil, por ter uma produção em grande escala tem diversos mercados e canais de comercialização e, mesmo assim, teve as vendas prejudicadas.
“Com a pandemia e as restrições impostas para a abertura dos empreendimentos, muitos dos canais foram bloqueados pelas legislações dos municípios e estados. Como muitos dos importantes canais foram bloqueados, houve um represamento das frutas nas fazendas e, obviamente, os produtores estão acumulando prejuízos”, afirma.
Ainda segundo Rebello, muitos produtores atendiam a demanda das feiras livres, que tiveram o funcionamento suspenso. Mesmo nos casos onde as feiras foram retomadas, a demanda está menor, uma vez que a população está receosa e consumindo menos.
Supermercados – Outro problema enfrentado, segundo o setor, são as negociações com os supermercados, que estariam pagando menos pelo produto e vendendo a preços elevados para o mercado final. Isso vem ocorrendo, com maior gravidade, nas negociações de banana.
Rebello explica que, desde o início do isolamento, os supermercados mantiveram o funcionamento pleno. Como houve um aumento da oferta pelos demais canais estarem com problemas, houve um desequilíbrio e uma super oferta de banana. Hoje o produtor recebe, em média, R$ 1,60 pelo quilo da banana e a fruta é negociada em torno de R$ 7 nos supermercados.
“Os supermercados, principalmente as grandes redes, estão insensíveis à situação do produtor. Além de pagar menos pelo produto, a queda de preço não está sendo repassada ao consumidor final”, destaca.
Conforme Rebello, outro impacto forte que vem prejudicando a comercialização das frutas em geral são as aulas suspensas. Muitos fruticultores que antes forneciam os produtos para a merenda escolar estão com dificuldades em comercializar a safra e acabam descartando os produtos.
O fechamento dos hotéis também tem sido prejudicial para o setor, principalmente, para os produtores de mamão, que têm o setor de hotelaria como um importante canal de vendas.
“É uma situação muito ruim e muitos produtores podem não ter condições de retomar a produção quando o isolamento acabar. Muitos estão descartando as frutas, acumulando prejuízos e sem condições de investir novamente”, diz.
Futuro desafiador – O receio do setor é o segundo semestre, quando a produção de frutas é maior. Com o agravamento da crise econômica e a redução da renda das famílias, a tendência é de queda da demanda, o que pode complicar ainda mais a situação do setor produtivo.
Além disso, a desvalorização do dólar frente ao real tem impulsionado os custos de produção, uma vez que os principais insumos, como os adubos e defensivos, são cotados na moeda norte-americana, o que compromete ainda mais a capacidade financeira dos fruticultores.
“É difícil estimar um custo para a produção de frutas. Mas, no caso da banana, por exemplo, um preço médio de R$ 2,20 por quilo, em uma produção eficiente, seria suficiente para cobrir os custos e gerar uma pequena margem para o produtor. Porém, os preços estão abaixo desse valor e, desta forma, a tendência é reduzir o número de produtores”.
Rebello ressalta que a fruticultura é uma atividade que gera muitos empregos, principalmente, no Norte de Minas e, por isso, deveria ser auxiliada pelos governos. Os fruticultores têm encontrado dificuldades de acessar as medidas já anunciadas pelo governo federal, como o crédito para financiamento da folha de pagamento, por exemplo. Outro problema é a postergação de dívidas nos bancos privados, medida que ainda não foi adotada.
Em relação às exportações, Rebello explica que os embarques respondem por uma pequena parcela da produção e a maior parte é destinada à Europa, para onde as vendas seguem dentro do esperado.
Outra parte é direcionada aos mercados argentino e uruguaio, que também estão com problemas sérios em relação à pandemia, o que reduziu a demanda.
“O volume que exportamos é pequeno, por isso, o impacto mais forte vem do mercado interno. Estamos preocupados com o segundo semestre, onde haverá mais oferta de frutas em um cenário de recessão e sem estimativa de retomada dos principais canais de comercialização. Diante de uma possibilidade de crise maior ainda, o governo federal precisa ter uma visão voltada para a fruticultura, que tem alta empregabilidade em função da baixa mecanização. Precisamos que as medidas de auxílio sejam significativas e cheguem ao fruticultor”, diz Rebello.
FOTO: Alisson J. Silva/Arquivo DC
JANAÚBA — Os produtores de frutas da Abanorte (Associação Central dos Fruticultores do Norte de Minas) estão descartando parte da produção devido às dificuldades para escoar e comercializar a safra em função das medidas impostas para o controle da pandemia do novo coronavírus.
A estimativa é de que a venda das frutas – principalmente, banana, manga, uva, tangerina, melancia, limão e mamão – esteja 30% menor. Com o fechamento de restaurantes, hotéis, escolas e a suspensão das feiras livres, vários canais de venda foram fechados e a falta de mercado tem comprometido a capacidade do produtor em continuar na atividade.
De acordo com o diretor administrativo da Abanorte, Rodolpho Rebello, em relação ao mercado interno, os produtores têm encontrado bastante dificuldade para comercializar.
A banana, que é a principal fruta produzida no Norte de Minas e a mais consumida no Brasil, por ter uma produção em grande escala tem diversos mercados e canais de comercialização e, mesmo assim, teve as vendas prejudicadas.
“Com a pandemia e as restrições impostas para a abertura dos empreendimentos, muitos dos canais foram bloqueados pelas legislações dos municípios e estados. Como muitos dos importantes canais foram bloqueados, houve um represamento das frutas nas fazendas e, obviamente, os produtores estão acumulando prejuízos”, afirma.
Ainda segundo Rebello, muitos produtores atendiam a demanda das feiras livres, que tiveram o funcionamento suspenso. Mesmo nos casos onde as feiras foram retomadas, a demanda está menor, uma vez que a população está receosa e consumindo menos.
Supermercados – Outro problema enfrentado, segundo o setor, são as negociações com os supermercados, que estariam pagando menos pelo produto e vendendo a preços elevados para o mercado final. Isso vem ocorrendo, com maior gravidade, nas negociações de banana.
Rebello explica que, desde o início do isolamento, os supermercados mantiveram o funcionamento pleno. Como houve um aumento da oferta pelos demais canais estarem com problemas, houve um desequilíbrio e uma super oferta de banana. Hoje o produtor recebe, em média, R$ 1,60 pelo quilo da banana e a fruta é negociada em torno de R$ 7 nos supermercados.
“Os supermercados, principalmente as grandes redes, estão insensíveis à situação do produtor. Além de pagar menos pelo produto, a queda de preço não está sendo repassada ao consumidor final”, destaca.
Conforme Rebello, outro impacto forte que vem prejudicando a comercialização das frutas em geral são as aulas suspensas. Muitos fruticultores que antes forneciam os produtos para a merenda escolar estão com dificuldades em comercializar a safra e acabam descartando os produtos.
O fechamento dos hotéis também tem sido prejudicial para o setor, principalmente, para os produtores de mamão, que têm o setor de hotelaria como um importante canal de vendas.
“É uma situação muito ruim e muitos produtores podem não ter condições de retomar a produção quando o isolamento acabar. Muitos estão descartando as frutas, acumulando prejuízos e sem condições de investir novamente”, diz.
Futuro desafiador – O receio do setor é o segundo semestre, quando a produção de frutas é maior. Com o agravamento da crise econômica e a redução da renda das famílias, a tendência é de queda da demanda, o que pode complicar ainda mais a situação do setor produtivo.
Além disso, a desvalorização do dólar frente ao real tem impulsionado os custos de produção, uma vez que os principais insumos, como os adubos e defensivos, são cotados na moeda norte-americana, o que compromete ainda mais a capacidade financeira dos fruticultores.
“É difícil estimar um custo para a produção de frutas. Mas, no caso da banana, por exemplo, um preço médio de R$ 2,20 por quilo, em uma produção eficiente, seria suficiente para cobrir os custos e gerar uma pequena margem para o produtor. Porém, os preços estão abaixo desse valor e, desta forma, a tendência é reduzir o número de produtores”.
Rebello ressalta que a fruticultura é uma atividade que gera muitos empregos, principalmente, no Norte de Minas e, por isso, deveria ser auxiliada pelos governos. Os fruticultores têm encontrado dificuldades de acessar as medidas já anunciadas pelo governo federal, como o crédito para financiamento da folha de pagamento, por exemplo. Outro problema é a postergação de dívidas nos bancos privados, medida que ainda não foi adotada.
Em relação às exportações, Rebello explica que os embarques respondem por uma pequena parcela da produção e a maior parte é destinada à Europa, para onde as vendas seguem dentro do esperado.
Outra parte é direcionada aos mercados argentino e uruguaio, que também estão com problemas sérios em relação à pandemia, o que reduziu a demanda.
“O volume que exportamos é pequeno, por isso, o impacto mais forte vem do mercado interno. Estamos preocupados com o segundo semestre, onde haverá mais oferta de frutas em um cenário de recessão e sem estimativa de retomada dos principais canais de comercialização. Diante de uma possibilidade de crise maior ainda, o governo federal precisa ter uma visão voltada para a fruticultura, que tem alta empregabilidade em função da baixa mecanização. Precisamos que as medidas de auxílio sejam significativas e cheguem ao fruticultor”, diz Rebello.
quarta-feira, 3 de junho de 2020
Janaúba registra primeira morte por Covid-19
JANAÚBA – De acordo com Boletim Epidemiológico divulgado
agora há pouco, por volta das 17h30, a Secretaria Municipal de Saúde do
município de Janaúba confirmou a primeira moprte em decorrência do Novo Corona
Vírus na cidade. Trata-se de um paciente do sexo masculino na faixa etária de
54 anos.
Segundo apurou o JORNAL DA SERRA GERAL, esta vítima teria
dado entrada no Hospital Regional no último dia 28 de maio, com sintomas de Síndrome Respiratória Aguda
Grave (SRAG).
Devido a situação clínica do paciente, no dia 29 o mesmo veio a
óbito.
Foi realizada coleta de amostra de exame e encaminhada a
FUNED. O resultado, confirmando se tratar de Covid-19, saiu agora.
E segundo o Boletim Epidemiológico da Secretaria Municipal
de Saúde, desta tarde, já são 390 os
casos confirmados para o Covid-19, sendo 52 em investigação; outros 50 em isolamento domiciliar e dois em
isolamento hospitalar.
Descartados são 37. E casos confirmados subiram para 56, sendo
35 curados, 20 em isolamento domiciliar e 1 óbito. Confira caso a caso por ares
do município.
CASOS CONFIRMADOS POR BAIRRO: Esplanada: 8; Cerâmica e
Centro: 7; Santo Antônio e São Gonçalo: 5; Rio Novo e Jardim das Acácias: 4; Planalto:
3; Dona Lindú, Ribeirão do Ouro, Veredas e Saudade: 2; Dente Grande, Santa
Cruz, Algodões, Padre Eustáquio e Boa Vista: 1.
Ressarcimento de auxílio emergencial é absurdo para deputado relator da proposta
O relator do projeto que fixou o Auxílio Emergencial para os
trabalhadores informais do Brasil, deputado federal Marcelo Aro, protocolou
hoje um Projeto de Lei para impedir que os beneficiários do auxílio possam ser
obrigados a devolver qualquer valor para o Governo Federal em 2021.
O texto surge para corrigir uma alteração, feita no Senado e
sancionada pelo presidente, que determina que o beneficiário que se recuperar
financeiramente e receber ao longo de 2020 mais que o limite da isenção do
Imposto de Renda, tenha que devolver integralmente o auxílio em 2021, incluindo
o dos dependentes.
“É absurda a possibilidade de um cidadão precisar devolver
dinheiro ao Governo. O auxílio tem um único propósito: salvar as famílias que
se encontram em extrema vulnerabilidade nesse período crítico que atravessamos.
São pessoas que hoje dependem desse recurso para pagar as contas mais básicas e
sobreviver. Não é empréstimo, é auxílio. E quem ingressou com o pedido e foi
aprovado, por se enquadrar nos critérios, não pode depois ter que devolver
qualquer valor. Isso contraria princípios básicos do direito”, afirma o
parlamentar.
Possível suspeita de Covid-19 em seus funcionários fecha agência do Bradesco em Janaúba
JANAÚBA -- Justamente no dia em que a prefeitura baixa novo
decreto flexibilizando ainda mais o setor comercial da cidade, a população de
Janaúba é surpreendida com o fechamento da agência do Bradesco por suspeita de
contaminação de alguns de seus funcionários.
Isso mesmo, um aviso anexado na porta agência do Banco
Bradesco nesta terça-feira, dia 2, dava a notícia do fechamento e motivação
para tal, deixando clientes preocupados e sem atendimentos na cidade de Janaúba.
O aviso dizia que: "Esta agência está temporariamente fechada para higienização e cumprimento de medidas de prevenção e combate ao Novo Coronavírus".
Não deixou claro a existência de casos suspeitos, mas testemunhas afirmam ser este sim o motivo do procedimento de higienização e fechamento da agência. Informações ainda dão conta de que funcionários estão cumprindo quarentena.
Em contato com a gerência do Bradesco, hoje pela manhã, fomos informados que a agência volta a funcionar hoje, normalmente.
BARES E RESTAURANTES – Esta notícia chega no dia em que a prefeitura libera a reabertura de bares, restaurantes e academias na cidade, com algumas medidas de restrição.
O aviso dizia que: "Esta agência está temporariamente fechada para higienização e cumprimento de medidas de prevenção e combate ao Novo Coronavírus".
Não deixou claro a existência de casos suspeitos, mas testemunhas afirmam ser este sim o motivo do procedimento de higienização e fechamento da agência. Informações ainda dão conta de que funcionários estão cumprindo quarentena.
Em contato com a gerência do Bradesco, hoje pela manhã, fomos informados que a agência volta a funcionar hoje, normalmente.
BARES E RESTAURANTES – Esta notícia chega no dia em que a prefeitura libera a reabertura de bares, restaurantes e academias na cidade, com algumas medidas de restrição.
E, já são 54 os casos confirmados de Covid-19 em Janaúba segundo
último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde.
terça-feira, 2 de junho de 2020
Bate Papo com Fernando Lucas abordará situação dos artistas de Janaúba em meio a Pandemia
JANAÚBA -- Acontece neste sábado, dia 6, a Live do programa Bate Papo com Fernando Lucas que pode agora ser visto pelas redes sociais (Youtube, facebook, Instagram).
Neste primeiro programa on line, o jornalista Fernando Lucas entrevista o articulador cultural, cantor e compositor, Argentino Barbosa. Na pauta, o tema abordado será a situação dos artistas janaubenses nestes tempos de Pandemia.
Não percam, neste sábado, dia 6, à partir das 11 horas. Se conecte e participe.
Neste primeiro programa on line, o jornalista Fernando Lucas entrevista o articulador cultural, cantor e compositor, Argentino Barbosa. Na pauta, o tema abordado será a situação dos artistas janaubenses nestes tempos de Pandemia.
Não percam, neste sábado, dia 6, à partir das 11 horas. Se conecte e participe.
segunda-feira, 1 de junho de 2020
Desperdício de água nos canais de irrigação em Nova Porteirinha
NOVA
PORTEIRINHA – Já não é de hoje que o JORNAL DA SERRA GERAL noticia fatos como este. E agora nos chega um
vídeo, enviado por moradores das colonizações no município de Nova Porteirinha
mostrando, mais uma vez, o desperdício de água nos canais de irrigação.
Os referidos canais são velhos e estão, em sua maioria,
deteriorados pelo tempo, causando os vazamentos constantes, resultando em
grande desperdício de água.
E isso, num momento em que a cota da barragem Bico da Pedra
se encontra em baixa.
Moradores pedem, através da imprensa, que as autoridades se
atentem para o problema e tomem uma providência em busca de soluções.
Veja o vídeo do desperdício nos canais da Colonização Ceará
em Nova Porteirinha.
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