Utensílios seriam incinerados por se tratar de mercadoria falsificada, mas que foram destinadas pela Receita Federal para ação social, com o respaldo da Adeseg
PORTEIRINHA -- Uma grande ação envolvendo Receita Federal e Adeseg (Agência de Desenvolvimento da Região da Serra Geral de Minas) serviu para descaracterizar peças de vestuário que seriam destruídas e que acabaram de ser doadas para pessoas em situação de vulnerabilidade social na região da Serra Geral de Minas. Tais peças são oriundas de apreensões de produtos falsificados realizadas em Montes Claros e em Belo Horizonte, e que foram obtidas através de uma parceria entre a Agência de Desenvolvimento da Serra Geral e a Receita Federal.
A descaracterização é necessária, visando a retirada das etiquetas com nomes das marcas, uma vez que as mesmas são falsificadas. Após este trabalho, feito por voluntários as peças vão para distribuição. Ao todo, cerca de 240 quilos de roupas e 1.800 pares de calçados, foram descaracterizados e serão distribuídos.
Todos os anos, fiscais da Receita Federal apreendem toneladas de produtos falsificados. As cópias apreendidas aguardam para o processo de incineração. Esse trabalho é extremamente importante para proteção da propriedade intelectual e fortalecimento do mercado e comércio local. Mas desta vez, com a parceria entre os dois órgãos, esses produtos foram descaracterizados e as peças de vestuário foram encaminhadas para distribuição.
Todo o trabalho operacional e de logística foi realizado de forma voluntária, por empresários Porteirinhenses, entre eles o presidente da Aciport e também da Adeseg: Cássio Samuel Mendes França junto membros das duas entidades, que se dispuseram ir até a sede da Receita Federal em Montes Claros e trazer todas as peças, realizando o trabalho de descaracterização. Inclusive, este trabalho voluntário foi fiscalizado remotamente pelos fiscais da Receita Federal, através de câmeras de monitoramento, para dar mais credibilidade ao serviço prestado.
As cidades contempladas com a s doações são, além de Porteirinha, cidade sede da Aciport, são Catuti, Nova Porteirinha, Janaúba, Mato Verde e Espinosa. Ao todo, mais de mil pessoas foram ou serão beneficiadas, apenas nesta primeira fase do projeto.
“Ações como essa causam um grande impacto positivo nas mais diversas camadas da sociedade, como proteção ao comércio e a propriedade intelectual, ação humanitária provendo roupas para quem não tem condições e na logística (uma vez que o órgão fiscalizador não terá mais trabalho de guardar e destruir essa mercadoria)”, argumenta o presidente da Adeseg, e também presidente da Aciport, Cássio Samuel, salientando que este exemplo poderia ser seguido por outras entidades, outras cidades aqui da região da Serra Geral de Minas.
CATUTI -- Esta semana, por exemplo, foi entregue o primeiro lote desse material na cidade de Catuti. O material foi entregue ao padre Eliezer, da quase Paróquia de Bom Jesus de Catuti, com as presenças do coordenador do Sebrae/MG, Jadilson Borges e do diretor-executivo da Aciport (Associação Comercial e Industrial de Porteirinha), Robson Lopes dentre outros.
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